Criar um Site Grátis Fantástico
Translate this Page
Ultimas Atualizações
BEM VINDO  (10-10-2024)
Contatos  (10-10-2024)
Caboclos de Oxóssi  (10-10-2024)
Pretos velhos  (10-10-2024)
Elementos na Umbanda  (10-10-2024)
AS 7 Forças do Medium  (10-10-2024)
Preces  (10-10-2024)
Hino da Umbanda  (10-10-2024)

Rating: 3.0/5 (461 votos)

ONLINE
1


Partilhe esta Página


Hino da Umbanda
Hino da Umbanda

Hino da Umbanda

Para entender a Música devemos saber que a mesma está ligada a história de seu autor: José Manuel Alves…

Nascido em 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal, este Leonino, já em sua terra natal era ligado a Música, tendo dos 12 aos 22 anos tocado clarineta na Banda Tangilense, em sua cidade natal. Com pouco mais de 20 anos, em 1929, vem para o Brasil, indo residir no interior do estado de São Paulo. No mesmo ano, mudou-se para a capital paulista, ingressando na Banda da Força Pública, onde ocupou vários postos, aposentando-se como capitão.

Em paralelo a esta função exerceu a carreira de compositor de Músicas Populares e, ao longo da mesma compôs dezenas de músicas as quais foram gravadas por famosos intérpretes da época: Irmãs Galvão, Osni Silva, Ênio Santos, Grupo Piratininga, Carlos Antunes e Carlos Gonzaga entre outros.

Suas composições mais famosas foram: Em 1955, Juanita Cavalcanti gravou a marcha “Pombinha Branca” de sua autoria em parceria Reinaldo Santos; em 1956, Zaccarias e sua Orquestra gravaram o dobrado “Quarto Centenário”, de sua parceria com Mário Zan.
Compôs ainda valsas, xotes, dobrados, baiões, maxixes e outros gêneros musicais. Em 1957, realizou sua única gravação no antigo disco de vinil, o “LP”, acompanhado de sua banda, sendo a gravadora a RCA Victor.

Mas… e a Umbanda? Aonde entra? Para a Umbanda, e para vários Terreiros compôs diversos pontos gravados por diversos intérpretes, como por exemplo, “Saravá Banda” gravado em 1961 por Otávio de Barros, “Prece a Mamãe Oxum” gravado em 1962 pela cantora Maria do Carmo. Além destes temos: “Pombinha branca” (com Reinaldo Santos), “Ponto de Abertura” (com Terezinha de Souza e Vera Dias), “Ponto dos Caboclos”, “Prata da Casa”, “Prece a Mamãe Oxum”, “Xangô Rolou a Pedra”, “Xangô, Rei da Pedreira”, “São Jorge Guerreiro”, “Saravá Oxóssi”, “Homenagem à Mãe Menininha” (c/ Ariovaldo Pires), Saudação aos Orixás, além do Hino da Umbanda.

Mas como foi estabelecida a sua ligação com a Umbanda? Cego de nascença, José Manuel Alves foi, no início da década de 60, em busca de sua cura. Foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade do médium Zélio de Morais, fundadores da Umbanda.

Embora não tenha conseguido sua cura porque, segundo consta, sua cegueira era de origem cármica, José Manuel Alves ficou apaixonado pela religião e, ainda em 1960, fez o Hino da Umbanda para mostrar que esta Luz Divina, que vem do Reino de Oxalá, não é para ser vista com os olhos físicos, que voltarão ao pó, mas sim com olhos do espírito, no encontro da mente com o coração …

O Hino foi apresentado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto do mesmo que resolveu apresentá-lo como Hino da Umbanda no 2º Congresso de Umbanda em 1961, sendo oficializado na 1ª Convenção do CONDU - Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda em março de 1976.

Segundo Mestre Marne, membro fundador do CONDU, que participou em 1976 da aprovação da obra de J.M.Alves como Hino Oficial da Umbanda, no Rio de Janeiro – Hotel Glória, é de suma importância que o Hino da Umbanda seja cantado com a letra e melodia correta, sem mudança alguma. Porque na hora da oficialização do Hino, foi perguntado ao Sr. Jerônimo Vanzeloti, presidente da Convenção do CONDU, se o compositor J.M. Alves iria cobrar direitos autorais de sua obra. Diante desse questionamento o Sr. Vanzeloti, foi conversar com J.M. Alves e o mesmo mandou o seguinte recado a todos os presentes: “Não vou cobrar nenhum tostão de direito autoral, só peço para manterem meu nome como autor”, porém proibiu que a letras de sua obra fosse mudada em sequer uma vírgula e que toda vez que forem cantar o Hino da Umbanda, a mão direita deverá ser colocada sobre o coração. Por isso, é importante que todos pratiquem esse ato cívico de Umbanda, como demonstração de fé e respeito, conforme o Sr. José Manuel Alves queria e pediu pra ser.

Podemos observar nesta história que este hino é fruto de um Amor muito grande pela Umbanda, Amor este oriundo de uma Fé profunda, daquelas obtidas com a Humildade e a Resignação ante ao Conjunto de Leis do Pai Maior.

José Manuel Alves mostrou com este Hino que a Luz da Umbanda, esta Luz Divina, atravessa todos os obstáculos e é capaz de iluminar a existência de cada um de nós! Sarava Umbanda!

Refletiu a luz divina
com todo seu esplendor
é do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar
Umbanda é paz e amor
Um mundo cheio de luz
É força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá !